Projeto-piloto do app que visa reduzir sintomas de depressão, ansiedade e insônia já é realidade em duas unidades; em outubro pesquisadores visitaram outras oito
A equipe do Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM) responsável pelo projeto CONEMO (CONtrole EMOcional) realizou durante o mês de outubro visitas técnicas em oito unidades básicas de saúde (UBS) do município de Indaiatuba, interior de São Paulo. O objetivo é preparar a ampliação da ferramenta, que visa reduzir sintomas de depressão, ansiedade e insônia, para mais essas UBSs em breve.
Faz pouco mais de dois meses que o aplicativo de celular CONEMO foi lançado e já está disponível para os usuários de duas unidades da cidade – Campo Bonito e João Pioli. O projeto-piloto vem sendo acompanhado pelos pesquisadores do CISM, que também participam de reuniões de alinhamento com a Secretaria Municipal de Saúde de Indaiatuba.
Nas duas unidades, a equipe faz visitas técnicas e supervisiona o trabalho de campo constantemente. O próximo passo do projeto é a ampliação da ferramenta para outras localidades do município. No início de outubro, os pesquisadores visitaram outras quatro unidades de saúde e, no final do mesmo mês, mais quatro, totalizando oito.
A expectativa é que, futuramente, o projeto-piloto seja estendido a todas as UBSs da cidade. Além de melhorar o acesso ao tratamento para os três sintomas, as terapias minimamente guiadas, possibilitadas pelo app, reduzem a sobrecarga de atendimento nas unidades.
Confira esta matéria para mais informações sobre como acessar o aplicativo.
O aplicativo
A depressão, a ansiedade e a insônia representam grandes desafios nos países de baixa e média renda, devido à falta de recursos especializados em saúde mental.
O aplicativo CONEMO é uma intervenção de baixa intensidade, com jornadas de sessões e vídeos voltados ao tratamento de cada um desses sintomas e sugere atividades, dicas e estratégias que visam melhorar a saúde dos usuários.
O CONEMO faz parte de um projeto conduzido por psicólogos, médicos, enfermeiros e pesquisadores com experiência em estudos semelhantes. A equipe abordará o contexto de saúde e sociodemográfico dos pacientes e fará análises estatísticas, a partir de questionários, para avaliar a eficácia do tratamento, com foco na redução dos sintomas.
Além disso, o grupo irá coletar dados qualitativos, por meio de entrevistas, para compreender as barreiras e os facilitadores da intervenção. Depois de três meses, os usuários do app responderão novamente os questionários para que os pesquisadores analisem e identifiquem quais foram suas evoluções depois do uso do aplicativo.
Equipes de saúde e psicólogos da própria rede de saúde também estão sendo treinados na utilização do aplicativo para incorporar o uso em sua prática de rotina.
30 de outubro de 2024
Institucional CISM